O MME (Ministério de Minas e Energia) planeja realizar o primeiro leilão de baterias de armazenamento no segundo semestre de 2025, segundo informou Thiago Barral, secretário nacional de Transição Energética e Planejamento da Pasta, ao Valor Econômico.
O processo está na fase final de ajustes das propostas apresentadas por empresas e associações do setor, conforme explicou Barral, após participar de um seminário sobre minerais críticos na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro.
O secretário destacou que, embora o armazenamento por baterias seja uma solução promissora para garantir mais flexibilidade e segurança ao sistema elétrico, a tecnologia não substitui as usinas termelétricas. No entanto, contribui para a diversificação dos recursos de potência, o que fortalece a confiabilidade do setor energético nacional.
Inicialmente, o primeiro leilão de baterias estava previsto para junho deste ano, mas foi adiado para o segundo semestre de 2025. O ajuste no cronograma se deve à necessidade de alinhar a agenda com outros certames do setor elétrico.
Além disso, segundo Barral, o MME ainda está analisando as contribuições recebidas na chamada pública aberta em 2023, que ajudará a definir aspectos importantes do leilão, como a localização das baterias — se estarão próximas aos consumidores e distribuidoras ou se serão alocadas na geração de energia.
O executivo também pontuou que o Ministério está em diálogo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para avançar na regulamentação das soluções de armazenamento no sistema elétrico.